sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O maior projeto de engenharia do mundo está saindo do papel?

O empreendimento, orçado em 50 bilhões de dólares, o equivalente a R$ 133 bilhões, será três vezes maior que o Canal do Panamá e é considerada a maior obra de engenharia do mundo. Deve demorar entre 6 e 10 anos para ser concluído! Esse é o maior projeto de engenharia do mundo, e a Maersk, a maior empresa de transporte do mundo já deu o seu apoio.


O projeto é discutido desde o século XIX, mas nunca saiu do papel. Desta vez, virou uma questão de honra para o presidente e ex-guerrilheiro Daniel Ortega. O projeto é tido como a chave econômica para “independência total e definitiva” da nação, a segunda mais pobre das Américas, com perspectiva de crescimento com o comércio global e as proximidades dos portos americanos, o canal pode trazer um fluxo totalmente inédito de recursos.



O Canal na Nicarágua que rivaliza com o Panamá está ficando mais próximo da realidade, visto que, já foi iniciada a abertura de estradas em direção à comunidade de Rio Grande. O canal transoceânico terá largura oscilando entre 230 e 520 metros entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Logo, este terá capacidade para navios maiores do que passam por lá atualmente.


Dúvidas: 


Não é toda a população do Nicarágua que está convencida. A construção ficou por conta de uma empresa chinesa, a Hong Kong Nicaragua Canal Development Investment Company liderada por Wang Jing, empresário com pouco histórico público ou de grandes projetos. Existem também suspeitas sobre ganhos pessoais de Ortega no processo das ligações de Wang com o governo Chinês, que já é líder mundial em fluxo de comércio e certamente está interessada em controlar o que pode ser uma das principais rotas mundiais.

Observações:
  • A Nicarágua ganhará apenas 1 ponto percentual de controle do canal a cada ano que passa, ou seja, só se tornará majoritária após 50 anos;
  • Wang e a HKND terão que pagar apenas US$ 10 milhões por ano e podem vender seus direitos para qualquer outra empresa ou País. Eles também já tem carta-branca para criar zonas de livre comércio e construir portos e aeroportos em áreas ao redor do canal onde hoje moram agricultores e comunidades indígenas – que já estão protestando;
  • De acordo com a empresa britânica de consultoria Environmental Resources Management (ERM), contratada pelo consórcio, aproximadamente 29 mil pessoas serão desalojadas. Agricultores, comunidades indígenas e entidades ambientalistas estão se manifestando contra o projeto, uma vez que o canal cortará ao meio o Lago Nicarágua, principal fonte de água doce da América Central. 
  • Empregos gerados direta e indiretamente: 250 mil.

3 comentários: